O Kitsch que é usado para categorizar objetos de valor estético distorcidos e/ou exagerados, que são considerados inferiores à sua cópia existente. São freqüentemente associados à predileção do gosto mediano e pela pretensão de, fazendo uso de estereótipos e chavões que não são autênticos, tomar para si valores de uma tradição cultural privilegiada. Eventualmente objetos considerados kitsch são também apelidados de brega no Brasil. A produção Kitsch surge para suprir a demanda de uma classe média em ascensão, que não conseguia entender e aceitar a arte de vanguarda, com suas propostas inovadoras, mas desejava participar do “universo da arte. Esta parte da população não teve a sensibilidade artística educada e, portanto, não desenvolveu o gosto, mas queria parecer culta e apreciadora da arte, porque isto lhe conferia status social.
O kitsch se propõe a valores sublimes. A literatura de mau gosto feita com intenções comerciais e que usam o “efeitismo” – o efeito, a emoção sentidos pelo leitor são esperados e iguais. Músicas, novelas e até a arquitetura: um edifício ou uma casa no estilo neoclássico, típico do século XIX, com falsa colunas gregas de concreto e falsos frontões é Kitsch porque deslocado no tempo, feito de materiais contemporâneos e inadequado ao uso. Uma construção neoclássica não responde às necessidades de vida do século XXI, precisando, para isso, ser adaptada, deformada, tornando-se, assim, simplesmente um cenário. Essas características conjugadas do Kitsch agem sobre nosso sentido nos causando um “curto-circuito” da sensibilidade.